domingo, 30 de dezembro de 2012

ANJOS GUARDIÕES


Os anjos guardiães são
embaixadores de Deus, mantendo acesa a chama da fé nos
corações e auxiliando os enfraquecidos na luta terrestre.
Quais estrelas formosas, iluminam as noites das almas e
atendem-lhes as necessidades com unção e devotamento
inigualáveis.

Perseveram ao lado dos seus tutelados em toda circunstância,
jamais se impacientando ou os abandonando, mesmo quando eles, em
desequilíbrio, vociferam e atiram-se aos despenhadeiros da
alucinação.

Vigilantes, utilizam-se de cada ensejo para instruir e educar,
orientando com segurança na marcha de ascensão.

Envolvem os pupilos em ternura incomum, mas não anuem com
seus erros, admoestando com severidade quando necessário, a
fim de lhes criarem hábitos saudáveis e conduta moral
correta.

São sábios e evoluídos, encontrando-se em perfeita
sintonia com o pensamento divino, que buscam transmitir, de modo
que as criaturas se integrem psiquicamente na harmonia geral que
vige no Cosmo.

Trabalham infatigavelmente pelo Bem, no qual confiam com absoluta
fidelidade, infundindo coragem àqueles que protegem, mantendo
a assistência em qualquer circunstância, na glória ou
no fracasso, nos momentos de elevação moral e naqueloutros
de perturbação e vulgaridade.

Nunca censuram, porque a sua é a missão de edificar as
almas no amor, preservando o livre-arbítrio de cada uma,
levantando-as após a queda, e permanecendo leais até que
alcancem a meta da sua evolução.

Os anjos guardiães são lições vivas de amor, que
nunca se cansam, porquanto aplicam milênios do tempo
terrestre auxiliando aqueles que lhes são confiados, sem se
imporem nem lhes entorpecerem a liberdade de escolha.

Constituem a casta dos Espíritos Nobres que cooperam para o
progresso da humanidade e da Terra, trabalhando com afinco para
alcançar as metas que anelam.

Cada criatura, no mundo, encontra-se vinculada a um anjo
guardião, em quem pode e deve buscar inspiração,
auscultando-o e deixando-se por ele conduzir em nome da
Consciência Cósmica.

*

Tem cuidado para que te não afastes psiquicamente do teu anjo
guardião.

Ele jamais se aparta do seu protegido, mas este, por
presunção ou ignorância, rompe os laços de
ligação emocional e mental, debandando da rota libertadora.

Quando erres e experimentes a solidão, refaze o passo e
busca-o pelo pensamento em oração, partindo de imediato para
a ação edificante.

Quando alcances as cumeadas do êxito, recorda-o, feliz com o
teu sucesso, no entanto preservando-te do orgulho, dos perigos
das facilidades terrestres.

Na enfermidade, procura ouvi-lo interiormente sugerindo-te bom
ânimo e equilíbrio.

Na saúde, mantém o intercâmbio, canalizando tuas
forças para as atividades enobrecedoras.

Muitas vezes sentirás a tentação de desvairar, mudando
de rumo. Mantém-te atento e supera a maléfica
inspiração.

O teu anjo guardião não poderá impedir que os
Espíritos perturbadores se acerquem de ti, especialmente se
atraídos pelos teus pensamentos e atos, em razão do teu
passado, ou invejando as tuas realizações... Todavia te
induzirão ao amor, a fim de que te eleves e os ajudes,
afastando-os do mal em que se comprazem.

O teu anjo guardião é o teu mestre e amigo mais
próximo.

Imana-te a ele.

Entre eles, os anjos guardiães e Deus, encontra-se Jesus, o
Guia perfeito da humanidade.

Medita nas Suas lições e busca seguir-Lhe as diretrizes, a
fim de que o teu anjo guardião te conduza ao aprisco que
Jesus levará ao Pai Amoroso.

* * *

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos Enriquecedores.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Seminário Mediunidade e Animismo com Nazareno Feitosa


SUBLIME NATAL


Aquele nascimento, nas especiais circunstâncias em que ocorreu, deveria
assinalar, conforme sucedeu, o período de renovação humana e social,
alterando, por definitivo, os fastos históricos.

Antes dele, o tumulto galopava o corcel da violência e a barbárie
solucionava as disputas, favorecendo o perverso que elaborava as próprias
leis.

É certo que, depois, por um largo período continuou predominando a força da
estupidez e o desequilíbrio dos crimes hediondos na governança das nações.

Mergulhou, naquela oportunidade, Jesus, nas vestes humanas, a fim de
conviver com os seres terrestres.

Ele, porém, dividiu as épocas, em face da significação de que se revestiu a
Sua vida.

Renunciando ao sólio do Altíssimo, Ele entregou-se às atividades próprias
daqueles que estagiavam nas faixas primárias da evolução moral.

Naquele período, a guerra alterava, a cada instante, o mapa terrestre; os
impérios sucediam-se uns aos outros, reduzidos sempre a escombros após os
breves períodos de esplendor, enquanto a crueldade se encarregava de
estabelecer os seus impositivos.

Reduzidos à condição de animália de carga, os pobres e esquecidos nada
representavam no cenário convulsionado em que reinavam os execrandos
dominadores.

Os exércitos alucinados sucediam-se sob comandos perversos, varrendo o
planeta conhecido e a tudo transformando.

Suas glórias de efêmera duração cediam lugar a sofrimentos inomináveis.

Os triunfadores de um dia logo cediam lugar a outros, não menos
ensandecidos, posteriormente passando à servidão ou sendo consumidos por
mortes vergonhosas...

Foi nesse clima que nasceu Jesus e um mundo novo se iniciou...

*

É certo que ainda vigem o abuso do poder, os crimes covardes, as dominações
arbitrárias, a arrogância dos poderosos, o horror dos extermínios em massa,
a crueza do terrorismo...

Nada obstante, as leis, mesmo que não cumpridas por enquanto, bafejadas
pelas Suas diretrizes vêm-se humanizando, enquanto se alargam as
possibilidades para a vigência do amor, da solidariedade, do respeito pelos
direitos humanos e pela Natureza...

Desenvolveram-se os sentimentos da compaixão e o anjo da caridade passou a
cuidar dos réprobos, dos oprimidos, dos considerados excluídos, que eram
descartados sem consideração, tidos como peso negativo na economia da
sociedade que os ignorava.

Certamente ainda ocorrem as lamentáveis execuções grupais, o olvido dos
países miseráveis, o exclusivismo que se permite o poder... No entanto,
periodicamente tomam forma humana estrelas espirituais fulgurantes em nome
do Seu amor, iluminando as sendas sombrias, diminuindo a amargura
generalizada e ensejando esperança e paz.

Sucede que a evolução é um processo muito lento, em razão das fixações
perturbadoras que são trazidas das experiências primitivas.

A vinculação com a força predomina em a natureza humana durante muito tempo
em detrimento dos valores morais, o que faz retardar a marcha do progresso.

Aquele nascimento insculpiu na memória dos tempos a grandeza do amor, então
desconhecido ou ignorado.

Mediante os ensinamentos de Jesus, porém, ocorreram significativas
alterações em favor do mais rápido desenvolvimento espiritual dos seres
humanos.

A misericórdia, que era desconsiderada, passou a assinalar as consciências,
ensejando visão diferente a respeito dos párias e dos deserdados. 

Ele próprio entregou-se ao ministério de exemplificar, tomando-se a Sua vida
um evangelho de feitos.

O Seu inefável amor renovou a face do planeta com a palavra libertadora,
musical, severa e nobre.

Não amado, porfiou amando.

Não compreendido, manteve-se compreensível.

Não aceito, perseverou nos ensinamentos sublimes.

Jesus entre as criaturas humanas é o momento culminante no processo
histórico da evolução.

Não mais se repetirão aquele nascimento, aqueles dias, aquelas bênçãos. Nem
serão necessários, porquanto os acontecimentos permanecem indeléveis na
consciência dos tempos idos, assinalando os porvindouros...

*

Estes são igualmente dias muito difíceis.

Durante a larga transição que se opera na Terra, atinge-se; neste momento, o
ponto culminante das provações e dores acerbas, invitando à reflexão e à
mudança de atitude comporta mental para melhor.

Não te desesperes em vão, se te sentes excruciado por problemas e dores.

Recorda-te de Jesus e deixa-te por Ele conduzir.

Na data evocativa do Seu nascimento, faze uma reflexão mais profunda e
verifica se Ele já nasceu em teu coração.

Após a constatação da Sua presença ou não em ti, sai do desconforto moral ou
da comodidade, da indiferença ou do erro e deixa que este seja um sublime
Natal em tua vida, passando a viver feliz e dedicado ao Bem de que Ele se
fez vexilário.

Franco, Divaldo Pereira. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 


sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

NA GLÓRIA DO CRISTO



Se entre as vidas magnificentes da Terra uma existe, na qual a mediunidade
comparece com todas as características, essa foi a vida gloriosa do Cristo. 

Surge o Evangelho do contacto entre dois mundos. 

Zacarias, o sacerdote, faz-se clarividente de um instante para outro e vê um
mensageiro espiritual que se identifica pelo nome de Gabriel, anunciando-lhe
o nascimento de João Batista. 

O mesmo Gabriel, na condição de embaixador celestial, visita Maria de Nazaré
e saúda-Ihe o coração lirial, notificando-lhe a maternidade sublime. 

Nasce, então, Jesus sob luzes e vozes dos Espíritos Superiores. 

Usando o magnetismo divino que lhe é próprio, o Excelso Benfeitor transforma
a água em vinho, nas bodas de Caná. 

Intervém nos fenômenos obsessivos de variada espécie, nos quais as entidades
inferiores provocam desajustes diversos, seja na alienação mental do
obsidiado de Gadara ou na exaltação febril da sogra de Pedro. 

Levanta corpos cadaverizados e regenera as forças vitais dos enfermos de
todas as procedências. 

Apazigua elementos desordenados da Natureza e multiplica alimentos para as
necessidades do povo. 

Sonda os ideais mais íntimos da filha de Magdala, quanto lê na samaritana os
pensamentos ocultos. 

Conversa, Ele mesmo, com desencarnados ilustres, no cimo do Tabor, ante os
discípulos espantados. 

Avisa a Pedro que Espíritos infelizes procurarão induzi-lo à queda moral, e
faz sentir a Judas que não desconhece a trama de sombras de que o apóstolo
desditoso está sendo vítima. 

Ora no horto, antes da crucificação, assinalando a presença de enviados
divinos. 

E, depois da morte, volta a confabular com os amigos, fornecendo-lhes
instruções quanto ao destino da Boa Nova. 

Reaparece, plenamente materializado, diante dos aprendizes, no caminho de
Emaús, e, mais tarde, em Espírito, procura Saulo de Tarso, nas vizinhanças
de Damasco, para confiar-lhe elevada missão entre os homens. 

E porque o jovem perseguidor do Evangelho nascente se mostre traumatizado,
ante o encontro imprevisto, busca Ele próprio a cooperação de Ananias para
socorrer o novo companheiro dominado de assombro. 

É inútil, assim, que cristãos distintos, nesse ou naquele setor da fé, se
reúnam para confundir respeitosamente a mediunidade em nome da metapsíquica
ou da parapsicologia - que mais se assemelham a requintados processos de
dúvida e negação -, porque ninguém consegue empanar os fatos mediúnicos da
vida de Jesus, que, diante de todas as religiões da Terra, permanece por Sol
indiscutível, a brilhar para sempre.



Pelo Espírito Emmanuel

XAVIER, Francisco Cândido. Antologia Mediúnica do Natal. Espíritos Diversos.
FEB. 

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

CRÔNICA DO NATAL




Desde a ascensão de Herodes, o Grande, que se fizera rei com o apoio dos
romanos, não se falava na Palestina senão no Salvador que viria enfim...

Mais forte que Moisés, mais sábio que Salomão, mais suave que David,
chegaria em suntuoso carro de triunfo para estender sobre a Terra as leis do
Povo Escolhido.


Por isso, judeus prestigiosos, descendentes das doze tribos, preparavam-lhe
oferendas em várias nações do mundo.

Velhas profecias eram lidas e comentadas, na Fenícia e na Síria, na Etiópia
e no Egito.

Dos confins do Mar Morto às terras de Abilena, tumultuavam notícias da
suspirada reforma...

E mãos hábeis preparavam com devotamento e carinho o advento do Redentor.

Castiçais de ouro e prata eram burilados em Cesaréia, tapetes primorosos
eram tecidos em Damasco, vasos finos eram importados de Roma, perfumes raros
eram trazidos de remotos rincões da Pérsia... Negociantes habituados à
cobiça cediam verdadeiras fortunas ao Templo de Jerusalém, após ouvirem as
predições dos sacerdotes, e filhos tostados do deserto vinham de longe
trazer ao santuário da raça a contribuição espontânea com que desejavam
formar nas homenagens ao Celeste Renovador.

Tudo era febre de expectação e ansiedade.

Palácios eram reconstruídos, pomares e vinhas surgiam cuidadosamente
podados, touros e carneiros, cabras e pombos eram tratados com esmero para o
regozijo esperado.

Entretanto, o Emissário Divino desce ao mundo na sombra espessa da noite.

Das torres e dos montes, hebreus inteligentes recolhem a grata notícia...
Uma estrela estranha rutila no firmamento.

O Enviado, porém, elege pequena manjedoura para seu berço de luz.

Milícias angelicais rejubilam-se em pleno céu...

Mas nem príncipes, nem doutores, nem sábios e nem poderosos da Terra lhe
assistem a consagração comovente e sublime.

São pastores humildes que se aproximam, estendendo-lhe os braços.

Camponeses amigos trazem-lhe peles surradas.

Mulheres pobres entregam-lhe gotas de leite alvo.

E porque as vozes do Céu se fazem ouvir, cristalinas e jubilosas, cantam
eles também...

- "Glória a Deus nas alturas, paz na Terra, boa vontade para com os
Homens!..."

Ali, na estrebaria singela, estão Ele e o povo...

E o povo com Ele inicia uma nova era...

É por isso que o Natal é a festa da bondade vitoriosa.

Lembrando o Rei Divino que desceu da Glória à Manjedoura, reparte com teu
irmão tua alegria e tua esperança, teu pão e tua veste.

Recorda que Ele, em sua divina magnificência, elegeu por primeiros amigos e
benfeitores aqueles que do mundo nada possuíam para dar, além da pobreza
ignorada e singela.

Não importa sejas, por enquanto, terno e generoso para com o próximo somente
um dia...

Pouco a pouco, aprenderás que o espírito do Natal deve reinar conosco em
todas as horas de nossa vida.

Então, serás o irmão abnegado e fiel de todos, porque, em cada manhã,
ouvirás uma voz do Céu a sussurrar-te, sutil:

- Jesus nasceu! Jesus nasceu!...

E o Mestre do Amor terá realmente nascido em teu coração para viver contigo
eternamente.



Pelo Espírito Irmão X

sábado, 1 de dezembro de 2012

Doenças Imaginárias








Somos defrontados com frequência por aflitivo problema cuja solução reside em nós. 

A ele debitamos longas fileiras de irmãos nossos que não apenas infelicitam o lar onde são chamados à sustentação do equilíbrio, mas igualmente enxameiam nos consultórios médicos e nas casas de saúde, tomando o lugar de necessitados autênticos. 

Referimo-nos às criaturas menos vigilantes, sempre inclinada ao exagero de quaisquer sintomas ou impressões e que se tornam doentes imaginários, vítimas que se fazem de si mesmas nos domínios das moléstias-fantasmas. 

Experimentam, às vezes, leve intoxicação, superável sem maiores esforços, e, dramatizando em demasia pequeninos desajustes orgânicos, encharcam-se de drogas, respeitáveis quando necessárias, mas que funcionam a maneira de cargas elétricas inoportunas, sempre que impropriamente aplicadas. 

Atingido esse ponto, semelhantes devotos da fantasia e do medo destrutivo caem fisicamente em processos de desgastes, cujas as conseqüências ninguém pode prever, ou entram, modo imperceptíveis para eles, nas calamidades sutis da obsessão oculta, pelas quais desencarnados menos felizes lhes dilapidam as forças. 

Depois disso, instalada a alteração do corpo ou da mente, édesequilíbrio real apareça e se consolide, trazendo até mesmo a desencarnação precoce, em agravo de responsabilidade daqueles que se entibiam diante da vida, sem coragem para trabalhar, sofrer e lutar. 

Precatemo-nos contra esse perigo absolutamente dispensável. 

 natural que o Se uma dor aparece, auscultemos nossa conduta, verificando se não demos causa à benéfica advertência da Natureza. 

Se surge a depressão nervosa, examinemos o teor das emoções a que estejamos entregando as energias do pensamento, de modo a saber se o cansaço não se resume a um aviso salutar da própria alma, para que venhamos a clarear a existência e o rumo. 

Antes de lançar qualquer pedido angustiado de socorro, aprendamos a socorrer-nos através da auto-análise, criteriosa e consciente. 

Ainda que não seja por nós, façamos isso pelos outros, aqueles outros que nos amam e que perdem, inconsequentemente, recurso e tempo valiosos, sofrendo em vão com a leviandade e a fraqueza de que fornecemos testemunhos. 

Nós que nos esmeramos no trabalho desobssessivo, em Doutrina Espírita, consagremos a possível atenção a esse assunto, combatendo as doenças-fantasmas que são capazes de transformar-nos em focos de padecimentos injustificáveis a que nos conduzimos por fatores lamentáveis de auto-obsessão. 

André Luiz 
“Doenças Fantasmas” 
Do livro “Estude e Viva” - Chico Xavier e Waldo Vieira 

Dom de Curar






Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expeli os demônios; daí de graça o que de graça recebestes. (Mateus, X: 8). 

“Dai de graça o que de graça recebestes”, disse Jesus aos seus discípulos, e por esse preceito estabelece que não se deve cobrar aquilo por que nada se pagou. Ora, o que eles haviam recebido de graça era a faculdade de curar os doentes e de expulsar os demônios, ou seja, os maus espíritos. Esse dom lhe fora dado gratuitamente por Deus, para alívio dos que sofrem e para ajudar a propagação da fé. Ele lhes diz que não o transformem em objeto de comércio ou de especulação, nem em meio de vida.

A mediunidade é uma coisa sagrada, que deve ser praticada santamente, religiosamente. E se há uma espécie de mediunidade que requer esta condição de maneira ainda mais absoluta, é a mediunidade curadora. O médium curador transmite o fluído salutar dos bons Espíritos, e não tem o direito de vendê-lo. Jesus e os Apóstolos, embora pobres, não cobravam as curas que operavam.


Que aquele, pois, que não tem do que viver, procure outros recursos que não os da mediunidade; e que não lhe consagre, se necessário, senão o tempo de que materialmente possa dispor. Os Espíritos levarão em conta o seu devotamento e os seus sacrifícios, enquanto se afastarão dos que pretendem fazer da mediunidade um meio de subir na vida.


Fonte: 'O Evangelho Segundo o Espiritismo' – Allan Kardec
(Cap. XXVI)

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

ESPONTANEIDADE MEDIÚNICA



"... a espontaneidade do pensamento manifestado fora de toda a expectativa, de toda pergunta proposta, não permite ver nele um reflexo do pensamento dos assistentes." 
(O Livro dos Médiuns - Primeira Parte - Cap. VI)


Há quem diga que os médiuns não passam de telepatas bem desenvolvidos, capazes de captar o pensamento dos próprios encarnados que lhes buscam o concurso na obtenção de orientações e mensagens.

A telepatia, ou "telegrafia humana", é um fato incontestável. Diríamos mesmo que, o que se passa entre o médium e o Espírito no instante do transe nada mais é do que um fenômeno telepático, mais ou menos profundo. Isto para as comunicações ditas intelectuais. 

Que o pensamento se propaga no éter, através dos "fluidos teledinâmicos", os Espíritos Superiores esclarecem Allan Kardec...

No entanto, afirmar que os médiuns são capazes de "ler" no subconsciente das pessoas as informações que transmitem nas mensagens psicográficas  ou psicofônicas é, no mínimo, ignorar o assunto sobre o qual se opina.

Em quase todo comunicado de além-túmulo, existe a espontaneidade dessa ou daquela informação que merece estudos mais detalhados.

Evidentemente que nem todos os médiuns se prestam, por exemplo, à recepção de nomes  e/ ou datas nas páginas de que se fazem intérpretes.
Precisamos reconhecer nisto uma "especialização", ou predisposição da "memória mediúnica" passível de ser desenvolvida com o cultivo da própria mediunidade.

O mesmo poderíamos dizer à respeito da caligrafia ou da voz do Espírito comunicante. Nem todos os medianeiros se encontram aptos a reproduzir, com a finalidade desejada, a letra do Espírito que escreve ou a voz do Espírito que fala.

Avançando um tanto mais, diríamos que são raros os médiuns através dos quais os Espíritos, que redigem cartas aos familiares na Terra, conseguem assinar o nome com a sua própria caligrafia...Sobre este fenômeno, em linhas gerais, o que ocorre é o seguinte: no corpo da mensagem psicografada, há uma mistura entre o psiquismo do Espírito e o psiquismo do médium; normalmente, a letra é de responsabilidade do "aparelho mediúnico"... Entretanto, para efeito de maior identificação junto aos familiares e amigos, quase sempre, ao assinar o seu comunicado o Espírito o faz de "próprio punho"; ou seja, ele envia "clichês  mentais" à mente do médium que, "fotografando" instantaneamente a assinatura dos Espírito, deixa que a sua mão reproduza quase que letra a letra...

Onde estaria a telepatia neste caso se, não raro, nem mesmo os familiares conseguem, após exaustivos treinos, copiar a assinatura dos que amaram no mundo?!

Quanto, especificamente, à espontaneidade do pensamento do Espírito comunicante, devemos ainda considerar que quase sempre as suas idéias entram em conflito com as dos destinatários encarnados, havendo, inclusive, os que não aceitam a autenticidade do comunicado porque ele não veio conforme se esperava que viesse...

Os homens não levam em consideração que, livres do corpo, os Espíritos alteram os seus pontos de vista sobre muitos assuntos da vida terrestre, embora neste caso, como em outros, não possamos generalizar.

No início de suas investigações, Allan Kardec conta que não aceitava a ideia da reencarnação que lhe fora proposta pelos Espíritos...

Somente a pouco e pouco, estudando com os Espíritos, é que o Codificador se convenceu da verdade reencarnacionista.

Como vemos, são inúmeros os obstáculos a serem removidos pelo Espírito interessado no intercâmbio mediúnico. Além de conseguir expressar-se pelo médium, ele enfrenta as exigências familiares que, na maioria das vezes, não lha dão o direito de, mudando de Plano, mudar igualmente o seu modo de encarar a vida.

(MEDIUNIDADE E CAMINHO - CARLOS BACCELLI- ODILON FERNANDES)


Auto-Obsessão e AutoPerdão: Felicidade Sem Culpa - Nazareno Feitosa 2011 MG

domingo, 11 de novembro de 2012

NÃO JULGUEIS





“Não Julgueis, a fim de não serdes julgados; porquanto sereis julgados conforme houverdes julgado os outros; empregar-se-à convosco a mesma medida de que vos tenhais servido para com os outros.”   
(Evangelho de Mateus, Cap. 7: 1-2)


O luminoso ensinamento de Jesus, registrado por Mateus e pelos evangelistas Marcos (4:24) E Lucas (6:37), destaca os perigos de nos deixamos levar pelos julgamentos “ inconsequentes” de situações e pessoas, sem nenhuma cautela, alterando o verdadeiro juízo dos acontecimentos. Não somos comedidos nas sentenças que proferimos ao usarmos de excessiva severidade para com os “deslizes alheios”, esquecendo-nos dos graves erros que cometemos, quiçá, muito mais sérios do que aqueles que apontamos. Essa máxima é interpretada de forma judiciosa por Allan Kardec ao afirmar: [...] não devemos julgar com mais severidade os outros, do que nos julgamos a nós mesmos, nem condenar em outrem aquilo de que nos absolvemos.
Antes de profligarmos a alguém uma falta, vejamos se a mesma censura não nos pode ser feita.
O mal deve ser banido, pois constitui um dever reprimi-lo, o que daí deverá resultar em benefício para consolidação de uma sociedade ética e justa. Todavia, a reprovação lançada à conduta de outra pessoa, não significa denegri-la perante os demais, pois, nesse caso só a maldade e maledicência. Jesus não proibiu que se destruísse o mal, dando-nos exemplos significativos para combatê-lo, mas chamou a atenção para agirmos de acordo com os verdadeiros preceitos da caridade cristã.
Os malefícios decorrentes da atitude imprudente de escarnecermos o próximo, sem os cuidados necessários na apreciação que fazemos da sua conduta, estimulam a crítica contumaz das pequenas imperfeições que possui sem nos darmos conta de que certas ações que deploramos em outrem são insignificantes diante das dificuldades morais “que ainda possuímos”. O autor espírita Rodolfo Calligaris (1913-1975) legou-nos importantes contribuições a respeito do tema, sobretudo ao afirmar que “gostamos de passar adiante fatos e boatos desagradáveis” com intuito claro de provocar rumor: Não raro, aquilo que nos chega aos ouvidos são meras conjeturas e suposições maldosas, às quais não deveríamos dar o menor crédito. Levianamente, porém, não só as transmitimos à outrem, emprestando-lhes foros de veracidade, como até exageramos, acrescentando-lhes detalhes fantasiosos para melhor convencer os que nos escutam.
Quanto desamor ao próximo ressalta dessas atitudes!
Ao se referirem às palavras delituosas e levianas que transmitimos ao mundo, os amigos espirituais alertam-nos para a rapidez com que elas de deflagram, constituindo-se “nesse quase imperceptível fermento de incompreensão”, sendo responsável pelo surgimento de “vasta epidemia de maledicência, resultado do exagero de nos intrometermos na vida alheia”.
Certas depreciações excessivas transformam-se em calúnia, fruto de falta de vigilância daqueles que possuem o errado hábito de menoscabar, pelos motivos mais corriqueiros, as pessoas que agem de forma contrária à sua maneira de ser. A partir daí surgem as ofensas, transformando-se em querelas graves, difíceis de solucionar e que irão influir negativamente, na convivência entre os indivíduos no meio social, familiar, profissional ou religioso, onde permanecem, criando toda sorte de obstáculos para favorecer um relacionamento cordial e afável. Alguns preferem se tornar adversários um dos outros e chegam ao cúmulo de lutarem entre si, de modo sub-reptício, com a intenção de enfraquecer o oponente, ao se utilizarem da difamação para atingir os seus torpes objetivos. Infelizmente, isso é mais comum do que se supõe. Os que assim agem não recuam diante da infâmia, espalhando-a ao redor de todos: [...] Em conseqüência, quando o perseguido se apresenta nos lugares por onde passou o sopro do perseguidor, espanta-se de dar com semblantes frios, em vez de fisionomias amigas e benevolentes que outrora o acolhiam. Fica estupefato quando mãos que se lhes estendiam, agora se recusam a apertar as suas. Enfim, sente-se aniquilado, ao verificar que os seus mais caros amigos e parentes se afastam e o evitam. [...]
É possível que venhamos a ser submetidos por momentos de estupefação quando julgados, da mesma maneira, por falsas aparências, resultados de comentários maldosos em torno de nós, como se estivéssemos empenhados na exemplificação dos próprios defeitos ou pela interpretação errônea dada às nossas palavras e ações, tornando-nos motivo de críticas inconsideradas por parte dos conhecidos, dos amigos e das afeições mais sinceras.
Nossa alma sofre e se constrange, sem saber o que fazer para dirimir a dor e o desapontamento de ocasiões como essas! Aconselha-nos o espírito Emmanuel, em uma de suas sábias lições: Atingindo esse ponto nevrálgico no nosso caminho, não te permitas o mentiroso descanso no esmorecimento.
Se trouxeres a consciência tranquila entre os limites naturais de tuas obrigações ante as obrigações alheias, ora pelos que te censuram ou injuriam e prossegue centralizando a própria atenção no desempenho dos encargos que o Senhor te confiou, de vez que o tempo é o juiz silencioso de cada um de nós.
Ao vivenciarmos situações como essas, precisamos buscar condições morais imprescindíveis para vencer os obstáculos terrenos, sem procurar acusar ou ferir os que nos prejudicam e desanimam, pondo à prova nossa paciência. Cada Espírito, mormente encarnado, colherá os bons efeitos de seu esforço, contribuindo para a evolução e a felicidade de todos, ou criará sofrimento para si se impedir que o bem seja praticado, procurando coibir a efusão das boas relações entre as pessoas.
O Espírito São Luiz, em resposta às perguntas formuladas por Allan Kardec, dá-nos orientação de como agir em certas situações nas quais seja necessário corrigir aqueles cuja tutela nos foi confiada. Diz ele:
[...] deveis fazê-lo com moderação, para um fim útil, e não, como as mais das vezes, pelo prazer de denegrir. Neste ultimo caso, a repreensão é uma maldade; no primeiro, é um dever que a caridade manda seja cumprida com todo o cuidado possível. [...]
O preclaro Espírito complementa o seu pensamento analisando o problema sobre a iniciativa de destacarmos as “imperfeições dos outros, quando daí nenhum proveito possa resultar para eles”:
Tudo depende da intenção. Decerto, a ninguém é defeso ver o mal quando ele existe.
Fora mesmo inconveniente ver em toda a parte só o bem. Semelhante ilusão prejudicaria o progresso. O erro está em fazer-se que a observação redunde em detrimento do próximo, desacreditando-o, sem necessidade, na opinião geral. Igualmente repreensível seria fazê-lo alguém apenas para dar expansão a um sentimento de malevolência e à satisfação de apanhar os outros em falta. [...]
A autoridade daquele que censura deve apoiar-se no exemplo do bem. “[...] Tornar-se alguém culpado daquilo que condena noutrem é abdicar dessa autoridade, é privar-se do direito de repressão. [...]”. Lições válidas, sobretudo para os pais que precisam reprimir os filhos, afim de que não adquiram vícios, desregramentos e péssimos hábitos.
Ao educá-los, porém, conseguem primar na demonstração de uma boa conduta? Nem sempre:
Dizer-lhes que não devem fumar beber, nem jogar, que devem ser recatados, honestos, leais, verdadeiros, etc., quando eles próprios, fumam, bebem, jogam, transigem com indolência, enganam-se um ao outro, falam mal das pessoas que compõem o seu circulo de amizades, mentem deslavadamente, violando a todo instante, as regras mais comezinhas do bom proceder, só pode dar nisso que vemos por aí.
Certas conversações de esclarecimentos exigem firmeza, sem indecisão, o mal não deve preponderar nas atividades verbais, ampliando-lhe a esfera de ação.
É indispensável nos precavermos da apreciação unilateral, pois não existe imperfeição completa ou perfeição integral no plano terreno em que estagiamos. Desse modo, quando o problema surgir entre as criaturas, é razoável procurar a companhia do Mestre para solucioná-lo à Luz de seus ensinamentos. 
“Aquele que não tiver pecado, que atire a primeira pedra”. Não somos dignos de julgar as atitudes dos outros. Somos espíritos devedores perante o Tribunal Divino, temos muito ainda o que trabalhar em nós, a reclamar ao Pai, incessantemente o perdão de nossas faltas, de nossas atitudes malsãs, de nossas querelas e conflitos sociais.
  
  

PSICOGRAFIA




Queridos irmãos e irmãs, servos de Maria Santíssima, que a luz do Sagrado Coração Maternal de nossa Mãe nos envolva em espírito.
Caríssimos, pedistes a oportunidade de mais uma hora de trabalho, digo mais uma hora, pois todos são conclamados à chamada dos trabalhadores da ultima hora, cada um de vos tendes elaboradas as vossas tarefas, vossos afazeres diante de Deus, diante do mundo. Servindo nas lides do Cristo Planetário, semeando o amor, a caridade, o perdão...
Neste trabalho de amor, unimos as nossas forças direcionando-as para o bem do próximo. Auxiliem através do Evangelho de Nosso Senhor, pois as almas precisam ouvir as palavras consoladoras, não olvides jamais as verdades incontestáveis do Evangelho.
Diante de vossas dificuldades, suplicai ao Senhor para que vos fortaleçam, não desanimem, creiam em Deus e esperem no Senhor a vossa recompensa. Ao longo dessa jornada, Deus nos revela a Luz do Seu Infinito Amor, que a vossa luz resplandeça sobre todos os que os procuram. Tenham fé, acreditem na Divina Providência que jamais desampara os filhos que se dedicam a ajudar com amor.
Esse trabalho está fundamentado em bases sólidas, tendes a oportunidade de trabalhar por Jesus e com Jesus, esta casa é como a Casa do Caminho onde os discípulos do Senhor socorriam os que estavam cansados, tristes, enfermos e atribulados. Servir e servir sempre. Cuidem-se, policiem os vossos pensamentos e não permitam que o desânimo sufoque a vossa luz. Façam a vossa luz brilhar todos os dias, médium é médium em qualquer lugar e por isso, que a vossa luz brilhe onde estiverem.
Maria Santíssima é conosco e deseja que caminhemos adiante com muito amor e respeito pelo próximo e pela causa, causa essa que deve ser empenhada no serviço, no trabalho, no socorro aos nossos queridos irmãos. Que a oração seja o vosso escudo a vos proteger do desanimo e de quaisquer sentimentos que possam vir a comprometer esse trabalho. Orai e Vigiai, por hora, o Evangelho, os Ensinos de Nosso Senhor Jesus Cristo sejam o vosso norte e que as bênçãos de Maria Santíssima sejam sobre vos.
Que assim seja.                             

 Irmão Francisco


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

AS ENFERMIDADES ESPIRITIUAIS


Marta Antunes Moura

 As enfermidades  espirituais produzem distúrbios ou lesões no corpo físico
decorrentes de desarmonias psíquicas originadas das condições pessoais do enfermo, da influência de entidade espiritual, ou por ação conjunta de ambos. Podem ser consideradas como de  baixa, média ou de alta gravidade . 
As de baixa gravidade, mais fáceis de serem controladas,  costumam surgir em momentos específicos da vida, quando a pessoa passa por algum tipo de dificuldade: perdas afetivas ou materiais; doenças físicas; insucesso profissional, entre outras. São situações  que as emoções afloram impetuosamente, gerando diferentes tipos de somatizações: ansiedade, angústia, dores musculares, enxaqueca, distúrbios na digestão (náuseas, cólicas, azia, má absorção alimentar etc.). Ocorrem distúrbios do sono, da atenção e do controle emocional. Nessa situação, a  prece representa um poderoso instrumento de auxílio pois eleva o padrão vibratório do necessitado. A mudança vibratória permite que a assistência dos benfeitores espirituais favoreça  o reajuste  psíquico, emocional e físico. A pessoa recupera, então,  as rédeas sobre si mesma,  rompendo com as idéias perturbadoras, próprias ou de outrem.
As doenças espirituais de média gravidade podem prolongar- se por anos a fio, mantendo-se dentro de um mesmo padrão ou evoluindo para algo mais grave. Com o passar do tempo,  podem apresentar  um quadro sintomatológico característico de um tipo específico de patologia: insônia persistente; gastrite e ulceração gástrica; infecções microbianas repetidas; crises alérgicas costumeiras; dores musculares penosas, formadoras de nódulos ou pontos de tensão;  dificuldades respiratórias seguidas das desagradáveis “falta de ar”; hipertensão; obesidade ou magreza; crises de enxaqueca prolongadas, não controláveis por medicamentos; humor claramente afetado, oscilante entre crises de irritabilidade e impaciência incomuns  e  momentos de indiferentismo e submissão emocionais; episódios depressivos repetidos seguidos de euforia exagerada.  Se não ocorre a desejável assistência espiritual em benefício do necessitado,  nessa fase da evolução da  enfermidade, os doentes  podem desenvolver
comportamentos, caracterizados, sobretudo, por “manias” e  pelo isolamento social.  As idéias e os desejos do enfermo  ficam girando  dentro de um círculo vicioso, conduzindo à criação de formas-pensamento, alimentadas pela vontade do  próprio necessitado  e  pela dos Espíritos desencarnados, sintonizados nesta faixa de vibração.  As orientações espíritas, se aceitas e seguidas,  proporcionam imenso conforto, podendo reduzir ou eliminar o quadro geral de perturbações, sobretudo se associada às ações médicas e  ou psicológicas.  Assim, faz-se necessário desenvolver persistente trabalho de renovação mental e comportamental da pessoa necessitada de auxílio. A prece, o passe,  a água fluidificada, o estudo do Evangelho no lar, a assistência espiritual (atendimento e diálogo fraterno, freqüência  às reuniões de explanação do Evangelho e de irradiações espirituais), o estudo espírita, entre outros, representam instrumentos de auxílio e de renovação psíquica, em geral disponibilizados pelas nossas Casas Espíritas.
As enfermidades espirituais, classificadas como graves, são encontradas em pessoas que revelam  perdas temporárias  ou permanentes da consciência. A perda da consciência, lenta ou repentina, pode estar associada a uma causa fisiológica (velhice) ou a uma patologia (lesões cerebrais de etiologias diversas). Nessa situação, o enfermo vive períodos de alheamentos ou alienações mentais, alternados com outros de lucidez. Esses períodos são particularmente difíceis pois a pessoa passa a viver numa realidade estranha e dolorosa,  sobretudo quando o espírito enfermo ver-se associado a outras mentes enfermas, em processos de simbioses espirituais.  O doente requisita atendimento médico especializado, no campo da psiquiatria. A  fluidoterapia espírita suaviza a manifestação da doença, auxiliando o tratamento médico. A assistência espiritual, oferecida pela Casa  Espírita, age como bálsamo, minorando o sofrimento dos encarnados – doente, familiares e amigos – e dos desencarnados envolvidos na problemática. O atendimento ao perturbador espiritual nas  reuniões de desobsessão, assim como as irradiações mentais em benefício  do obsessor e do obsidiado, produzem resultados significativos, fundamentais ao processo de libertação espiritual.

As enfermidades espirituais  representam uma realidade, impossível de ser ignorada, sobretudo nos tempos atuais quando  sabemos  da existência  de um alerta superior que nos aponta para a urgente  necessidade de avaliarmos a nossa conduta moral, desenvolvendo ações e atitudes compatíveis com a Lei de amor, justiça e caridade.
As enfermidades espirituais deixarão de existir, nos esclarecem os benfeitores espirituais, quando nos renovarmos para o bem. Nesse sentido, são oportunas as elucidações do Espírito André Luiz: (...)  a enfermidade, como desarmonia espiritual (...) sobrevive no perispírito. As moléstias conhecidas no mundo e outras que ainda escapam ao diagnóstico humano, por muito tempo persistirão nas esferas torturadas da alma, conduzindo-nos ao reajuste. A dor é o grande e abençoado remédio. Reeduca-nos a atividade mental, reestruturando as peças de nossa instrumentação e polindo os fulcros anímicos de que se vale a nossa inteligência para desenvolver-se na jornada para a vida eterna. Depois do poder de Deus, é a única força capaz de alterar o rumo de nossos pensamentos, compelindo-nos a indispensáveis modificações, com vistas ao Plano Divino, a nosso respeito, e de cuja execução não poderemos fugir sem graves prejuízos para nós mesmos (¹).














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(¹) XAVIER, Francisco Cândido. Entre A Terra E o Céu. Pelo Espírito André Luiz. 5.ed. Rio de Janeiro: FEB, 1972. Cap. 22, p. 134.

domingo, 4 de novembro de 2012

A Grande Crise...





...Jesus volta para convidar-nos à compaixão.

Se não puderdes perdoar, pelo menos, desculpai aqueles que vos ferem, que vos magoam, e se não tiverdes forças para desculpar, pelo menos, permiti que a compaixão aloje-se nas paisagens tristes dos vossos sentimentos magoados.

A grande crise moral da sociedade anuncia a era nova.

Buscai ouvir, e escutareis em toda parte a musicalidade diferente de um mundo novo; fazei silêncio interior, e ouvireis a sinfonia dos astros.

Tende a coragem, pois, de amar, em qualquer circunstância, por que se amardes somente àqueles que vos amam, mais não fazeis do que retribuir, no entanto, se fordes capazes de amar a quem vos alveja com os petardos terríveis da ingratidão, da ofensa, da perseguição gratuita, vosso nome será escritono livro do reino dos céus  e uma alegria inefável tomará conta de vossos corações preenchendo o vazio existencial.

                 Filhos e filhas da alma!

Vossos guias espirituais acercam-se-vos, e em torno dos vossos pensamentos enviam mensagens de paz para diminuir a agressividade e a violência.

Tornai-vos pacíficos no lar, no relacionamento, nas parcerias, no trabalho, na rua, no clube... Onde estiverdes mantende a paz, sendo pacíficos para vos transformardes em pacificadores.

O mundo é o que dele têm feito os seus habitantes, mas, crede em mim, nunca houve tanto amor na Terra como hoje.

A violência e a exaltação do crime ganham manchetes, vendem na grande mídia alucinando as vidas, mas nos alicerces da sociedade o amor é o paradigma que nutre as existências de milhões de mães e pais anônimos, assim como de filhos abnegados e estóicos que compreendem os mártires e os companheiros abnegados.

Não vos envergonheis de amar!

Na época da tirania o vosso amor é semelhante à terra que, exultante, arrebenta-se em flores como gratidão a Deus.

Sois as divinas flores da humanidade agradecendo a Deus a presença de Cristo Jesus na Terra.

Ide, ide na paz! Amai de tal forma que uma dor imensa de compaixão expresse o vosso amor para a vossa plenitude.

É a mensagem dos Espíritos-espíritas que aqui estamos convosco neste dia dedicado à gratidão em nome do amor de Jesus-Cristo pelas suas ovelhas.

Muita paz, meus filhos!

Que o Senhor de bênçãos vos abençoe e permaneça Ele conosco hoje, amanhã e sempre.

São os votos do companheiro paternal e humilde de sempre,

                                                   Bezerra. (*)

(Mensagem psicofônica através do médium Divaldo Pereira Franco, ao encerramento da sua conferência na Creche Amélia Rodrigues, na noite de 30 de setembro de 2012, em Santo André, (SP).
 A mensagem foi revisada pelo autor espiritual

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

OS MORTOS VIVEM





A comemoração dos mortos, hoje denominada Dia de Finados, teve origem na antiga gália, no território europeu.

Era no dia primeiro de novembro que eles celebravam a festa dos espíritos. Não nos cemitérios - os gauleses não honravam os cadáveres -, mas sim em seus lares, onde os médiuns, os videntes falavam com as almas dos que haviam partido.

Eles acreditavam que os bosques, os pântanos eram povoados por espíritos errantes.

Foi no ano de 998 que o dia de finados começou a ser comemorado nos mosteiros beneditinos, na França, e se tornou oficial no ano de 1915.

É comum, no dia de finados, a intensa visitação aos túmulos, podendo-se observar cenas interessantes. Desde os que se juntam sobre os túmulos dos seus amados, e ali passam o dia, para lhes fazer companhia, como se, em verdade, eles ali estivessem encerrados, aos que lhes levam comidas e bebidas, para que se alimentem, como se o espírito disso necessitasse.

Outros ainda gastam verdadeiras fortunas em flores raras e ornamentações vistosas. Decoram o túmulo como se devesse esse ser a morada definitiva do seu afeto.

Tais procedimentos podem condicionar o espírito, se não for de categoria lúcida, consciente, mantendo-o ligado aos seus despojos, ao seu túmulo.

Como cristãos, aprendemos com Jesus que a morte não existe.

Assim, nossos mortos não estão mortos, nem dormem.

Cumprem tarefas e distendem mãos auxiliadoras aos que permanecem no casulo carnal. Prosseguem no seu auto - aprimoramento, construindo e reformulando o mundo íntimo, na disciplina das emoções. E continuam a nos amar.

A mudança de estado vibratório não os furta aos sentimentos doces, cultivados na etapa terrena.

São pais e mães queridos, arrebatados pelo inesperado da desencarnação. Filhos, irmãos, esposos - seres amados. O vazio da saudade alugou as dependências de nosso coração e a angústia transferiu residência para as vizinhanças de nossa alma.

É hora de nos curvar à majestade da lei divina e orar.

A prece é perfume de flor que se eleva e funde abraços e beijos, a saudade e o amor.

Para os nossos afetos que partiram para o mundo espiritual, a melhor conduta é a lembrança das suas virtudes, dos seus atos bons, dos momentos de alegria juntos vividos. A prece que lhes refrigera a alma e lhes fala dos nossos sentimentos.

Não há necessidade de se ter dinheiro para honrar com fervor cristão os nossos mortos. Nem absoluta necessidade de nossas presenças ao lado das suas tumbas. eles não estão lá.

Espíritos libertos, vivem no mundo espiritual tanto quanto estão ao nosso lado, muitas vezes, nos dizendo da sua igual saudade e de seu amor.

(Jornal Mundo Espírita de Novembro de 1997)

FINADOS: BOA OCASIÃO PARA PENSAR QUE A VIDA CONTINUA...





Finados é a data comemorativa do calendário oficial que mais se relaciona com o lado transcendental da nossa existência.

Nessa data, vêem-se inúmeras manifestações de apreço aos chamados "mortos" - que na concepção espírita são Espíritos que continuam a sua jornada vivencial no Plano Espiritual.

Considerando este tema importante para a Humanidade, Allan Kardec em "O Livro dos Espíritos", na questão 323, perguntou aos Espíritos Superiores: "A visita ao túmulo dá mais satisfação ao Espírito que uma prece feita em sua intenção?" Ao que os Espíritos responderam: "A visita ao túmulo é um modo de manifestar que se pensa no Espírito ausente: é a imagem. Já vos disse: é a prece que santifica o ato de lembrar; pouco importa o lugar, se ela é ditada pelo coração".

Com o advento do Espiritismo, a partir de 1857, inúmeros pontos obscuros em relação ao fenômeno da Morte ficaram esclarecidos de modo lógico, objetivo e coerente com o Amor e a Justiça do Criador para com os seus filhos, a Humanidade.

Pouco a pouco, o Homem está se familiarizando com os temas que versam sobre a Espiritualidade. Isto porque o progresso intelectual, nesse sentido, é estimulado pelos próprios Espíritos Superiores encarregados de promover o interesse e a conscientização da Humanidade em relação aos assuntos espirituais e às conseqüências morais.

Assim é que pelas próprias "forças das coisas", investigações científicas no campo do Espírito e da Paranormalidade avançam em vários centros de pesquisas e estudos de caráter acadêmico, com reflexos nos segmentos mais intelectualizados da sociedade.

Por outro lado, a mídia de massa, representada pelos meios de comunicação, como a televisão, o teatro, o cinema, o vídeo, a revista, o livro, o jornal e outros meios influentes, acabam difundindo nas camadas populares da população novos conceitos sobre a Morte, a Reencarnação, a Comunicabilidade dos Espíritos, a Vida Além da Vida e outros temas, facilitando o processo de transformação da cultura e conseqüentemente, da mudança de conceitos e hábitos, pelo entendimento racional sobre o "misterioso e o sobrenatural".

Toda essa revolução silenciosa vem ao encontro dos objetivos da Espiritualidade Maior, consubstanciados na mensagem de "O Espírito de Verdade", quando afirma em "O Evangelho Segundo o Espiritismo": "Os Espíritos do Senhor, que são as virtudes dos céus, como num imenso exército que se movimenta, ao receber a ordem de comando, , espalham-se sobre a face da Terra. Semelhantes a estrelas cadentes, vêm iluminar o caminho e abrir os olhos aos cegos!"

Entretanto, em convívio com aqueles que não comungam as nossas idéias, a atitude mais sensata é o respeito - seja um familiar, um amigo, um conhecido e até mesmo desconhecidos.

Quanto à essa questão é oportuno lembrar a ponderação de Emmanuel: "Senhor Jesus, (…) Faze-nos observar, por misericórdia, que Deus não nos criou pelo processo de produção em massa e que, por isso mesmo, cada qual de nós enxerga a vida e os processos de evolução de maneira diferente".
(Psicografia de F. C. Xavier - In Reformador, Fev. 73)

Pense Nisso. Pense Agora.

(Jornal Verdade e Luz Nº 178 de Novembro de 2000)

domingo, 28 de outubro de 2012

A FORÇA DA PRECE




Estudo brasileiro mostra que o corpo reage a preces. (1)



A espiritualidade exerce ação efetiva sobre o corpo humano?

Cientistas do mundo inteiro vêm realizando estudos na tentativa de esclarecer essa questão.


No que depender da primeira pesquisa brasileira nessa área, a resposta é sim.

Segundo um estudo da UnB (Universidade de Brasília), um dos principais mecanismos de defesa do organismo - a fagocitose - pode ter a função estabilizada com preces feitas à distância.

O estudo foi realizado com 52 voluntários, todos estudantes de medicina da UnB. A cada semana, uma dupla fornecia amostras de sangue e respondia a um questionário sobre estresse.

(...) Encaminhava-se uma foto do voluntário, identificada apenas pelo nome, a um grupo de dez religiosos de diferentes credos, que, por uma semana, faziam preces para aquela pessoa.

Coordenada pelo professor de imunologia Carlos Eduardo Tosta, a pesquisa demorou três anos para ser concluída. “Eu e minha equipe ficamos surpresos porque, embora no fundo quiséssemos que houvesse influência [das orações], achávamos que a maior probabilidade seria a de não acontecer nada”, diz o médico.

Ana Paula de Oliveira - da Folha de São Paulo, 09.07.2004.

* * *

Como vemos e constata também Joanna de Ângelis, “lentamente, mesmo sem dar-se conta, os cientistas se tornam sacerdotes do Espírito e avançam corajosamente ao encontro de Deus e de Suas Leis, que vigem em toda parte”. (2)

Gradativamente, a ciência vai comprovando fatos que a Doutrina Espírita já tem demonstrado. Na experiência aqui relatada identificamos vários eventos importantes: a força do pensamento, a ação dos fluidos e o valor da prece intercessória.

Allan Kardec, ao emitir seus comentários na questão 662 de O Livro dos Espíritos, afirma que “o pensamento e a vontade representam em nós um poder de ação que alcança muito além dos limites da nossa esfera corporal. A prece que façamos por outrem é um ato dessa vontade”. (6)

Diz-nos o Espírito Emmanuel que “O homem custa a crer na influenciação das ondas invisíveis do pensamento, contudo, o espaço que o cerca está cheio de sons que os seus ouvidos materiais não registram (...)” (7). E ainda esclarece: “a eletricidade é energia dinâmica; o magnetismo é energia estática; o pensamento é força eletromagnética” (8).

É através dessa força que emulamos nossas orações e também direcionamos nossas vibrações benéficas em favor de outras pessoas, pois “a oração é a emanação do pensamento bem direcionado e rico de conteúdos vibratórios” (3).

Vale a pena considerar a elucidação do Espírito André Luiz ao referir-se aos passes, que podem também ser transmitidos à distância, através das vibrações que são doadas e veiculadas pela ação da prece: “Pelo passe magnético, no entanto, notadamente naquele que se baseie no divino manancial da prece, a vontade fortalecida no bem pode soerguer a vontade enfraquecida de outrem para que essa vontade novamente ajustada à confiança magnetize naturalmente os milhões de agentes microscópicos a seu serviço, a fim de que o Estado Orgânico, nessa ou naquela contingência, se recomponha para o equilíbrio indispensável”. (9)

André Luiz esclarece-nos ainda que “reconhecendo-se a capacidade do fluido magnético para que as criaturas se influenciem reciprocamente, com muito mais amplitude e eficiência atuará ele sobre as entidades celulares do Estado Orgânico – particularmente as sanguíneas e as histiocitárias, determinando-lhes o nível satisfatório, a migração ou a extrema mobilidade, a fabricação de anticorpos ou, ainda, a improvisação de outros recursos combativos e imunológicos, na defesa contra as invasões bacterianas e na redução ou extinção dos processos patogênicos (...)”. (9)

Verificamos que, na experiência da UnB, os voluntários comportaram-se como agentes passivos do experimento e, apesar disso, foram beneficiados pela ação das preces, no que se refere à estabilização das funções da fagocitose. Observou-se também, segundo os questionários que foram respondidos, que o nível de estresse dos estudantes destinatários das preces não mudou.

Pode-se concluir com isso que, se os voluntários tivessem consciência do processo e participassem dele ativamente, “construindo as antenas receptoras para as energias balsâmicas, no recesso do ser” (4) - seguramente os resultados seriam ainda mais proveitosos. O mesmo aconteceria nos casos de aplicação direta de bioenergia (passes).

Comprova, ainda, a impropriedade de se criar grupos de intercessão para atender preces solicitadas, pois isso induz os necessitados à desistência do esforço pessoal, com prejuízo da responsabilidade e dos deveres que cumpre a todos realizar em benefício próprio. “Jesus recomendou que orássemos uns pelos outros, num convite à solidariedade fraternal, (ele assim o fez) a fim de que nos ajudemos através das ondas mentais da comunhão com Deus”, (5) sem que isso significasse a instituição de profissionalismo religioso.

Só nos resta concitar a que os estudiosos e investigadores continuem a produzir experiências que tragam cada vez mais luzes ao conhecimento humano, pois “são eles os missionários da fé vibrante dos tempos passados, que retornam com o escalpelo da ciência para confirmar a predestinação do ser à glória imortal”. (2)

Bibliografia:

1 - Folha on-line_Folha de São Paulo, Jornal. Estudo Brasileiro mostra que corpo reage a prece. 08 de julho 2004, 07:36h.
2 - FRANCO, Divaldo Pereira. Desenvolvimento Científico. In:___. Dias Gloriosos, 1ª. ed. Salvador: LEAL, 1999. p. 12 e 20.
3 - ______ - Pedir e Conseguir. In:__ Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profunda, 1ª ed, Salvador: LEAL, 2000. p. 220.
4 - ______ - Orações Encomendadas. In:__ Messe de Amor, 7ª ed., Salvador: LEAL, 1964, p 155.
5 - ______ - Orações Solicitadas. In:__Desperte e Seja Feliz, 4ª ed. Salvador:LEAL, 1998. p.160.
6 - KARDEC, Allan. A Prece, Questão 662. In: ___O Livro dos Espíritos, 83ª.ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002. p. 320.
7 - XAVIER, Francisco Cândido. Intercessão.In: ___Pão Nosso, 5ª.ed. Rio de Janeiro:FEB, 1977. p.45.
8 - ______ - Vontade. In:___Pensamento e Vida, 9ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1991. p.16.
9 - ______ - Passe magnético. In: Evolução em Dois Mundos, 16ª ed. Rio de Janeiro :FEB, 1998, p. 200 e 201.

Matéria retirada do  Blog:  http://magnetizador.blogspot.com.br


Senhor, fazei de nós instrumentos da Vossa Paz