sábado, 13 de outubro de 2012

ESPÍRITOS E MÉDIUNS SÉRIOS

"Os Espíritos sérios se ligam àqueles que querem se instruir e os secundam, enquanto que deixam aos Espíritos levianos o encargo de divertirem aqueles que não vêem nas manifestações senão uma distração passageira." (O LIVRO DOS MÉDIUNS - Segunda Parte - Cap. X)




Os Espíritos sérios são os que secundam os esforços dos médiuns sérios, aqueles que não vêem na mediunidade um mero passatempo.
O médium sincero, única e exclusivamente interessado em servir, trabalhando sem personalismo na seara do bem, atrai a presença dos Espíritos que nutrem as suas mesmas aspirações.
Ao contrário, o médium que tenta disfarçar a sua vaidade, afiniza-se com os Espíritos zombeteiros e ociosos, dos quais o Mundo Espiritual encontra-se repleto.
O médium que se dedica à mediunidade, deve fazê-lo com idêntico entusiasmo com que se consagra, por exemplo, ao seu trabalho profissional.
Dizemos idêntico entusiasmo quando, na realidade, deveríamos dizer entusiasmo maior, pois, as tarefas espirituais devem sempre ocupar uma posição de destaque em nossas vidas.
Têm médiuns que demonstram um interesse quase insignificante pela mediunidade; dão-nos a impressão de que são médiuns por obrigação, e não por amor...
Colocam- se na condição de que, comparecendo às reuniões mediúnicas uma vez por semana, estão prestando um grande favor aos Espíritos.
Infelizmente, esses medianeiros além de ser, eles mesmos, um obstáculo à sua evolução espiritual, entravam o progresso do grupo que, contraditoriamente, tem para com eles uma consideração excepcional.
Isto acontece com maior frequência entre os médiuns de efeitos físicos, de incorporação, de psicografia e de vidência.
O grupo pouco esclarecido doutrinariamente, como que entroniza os médiuns portadores dessas faculdades e eles passam a exercer um certo controle sobre os seus componentes que, a troco de nada, os respeitam como infalíveis oráculos.
O grupo espírita bem intencionado, por mais simples que seja - e quanto mais simples melhor-, conta com o apoio dos Espíritos sérios que o assiste, mesmo quando não lhes seja possível identificarem-se.
Existem grupos que, por não conhecerem o nome de seus Protetores, consideram-se sem méritos diante da Espiritualidade, Isto é um equívoco!
Todo o grupo tem o seu Protetor, e esse Protetor, na maioria das vezes anônimo, tem condições espirituais de arcar com a responsabilidade que lhe foi conferida pelos Planos mais altos.
Como os homens têm necessidade de um nome, esses Benfeitores, quase sempre dão-lhes um que seja conhecido.
Recordemo-nos de que o Espírito que coordenou o excelso trabalho da Codificação, identificou-se para Allan Kardec como sendo "O Espírito de Verdade".
Reunião mediúnica que não tem hora para começar e nem para terminar, que não tem dia definido na semana, que se reúne, enfim, na base da improvisação, também não tem a presença de Espíritos sérios que, no Mundo Espiritual, tem muitas outras ocupações a se entregarem.
Se o médium não tenciona encarar a mediunidade com a seriedade devida, é melhor que ele a deixe para quando houver adquirido maior responsabilidade e disciplina.
Os Espíritos não obrigam ninguém a ser médium!!!
Desfaçamos este "tabu" de que, quem não quiser trabalhar na mediunidade ficará obsedado!...
Não é bem assim.
Evidentemente, a mediunidade é um fator de equilíbrio psíquico, mas desde que exercida com a seriedade desejada.
Quem não quiser trabalhar com a mediunidade, se ficar obsedado o ficará não por causa da mediunidade em si, mas pelos seus débitos espirituais não ressarcidos. 
Quem, por esse ou por aquele motivo, se sinta momentaneamente impossibilitado de exercer a mediunidade, pode encontrar o seu referencial de equilíbrio psíquico em outras atividades de natureza espiritual.
É o que temos visto acontecer nos Centros Espíritas: pessoas portadoras de consideráveis dons medianímicos canalizando os seus recursos para as obras assistenciais.
Agora, os que de fato são médiuns e não desejam trabalhar em setor algum, ficarão a merce dos Espíritos que atraírem, sofrendo-lhes o assédio pernicioso; pois, por incrível que pareça, tem gente que prefere ser dependente de remédios a vida inteira do que ser útil aos semelhantes, tamanho lhes é n'alma o comodismo e o preconceito.

("Mediunidade e Caminho" Carlos A. Baccelli - Odilon Fernandes)





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