sexta-feira, 2 de novembro de 2012

OS MORTOS VIVEM





A comemoração dos mortos, hoje denominada Dia de Finados, teve origem na antiga gália, no território europeu.

Era no dia primeiro de novembro que eles celebravam a festa dos espíritos. Não nos cemitérios - os gauleses não honravam os cadáveres -, mas sim em seus lares, onde os médiuns, os videntes falavam com as almas dos que haviam partido.

Eles acreditavam que os bosques, os pântanos eram povoados por espíritos errantes.

Foi no ano de 998 que o dia de finados começou a ser comemorado nos mosteiros beneditinos, na França, e se tornou oficial no ano de 1915.

É comum, no dia de finados, a intensa visitação aos túmulos, podendo-se observar cenas interessantes. Desde os que se juntam sobre os túmulos dos seus amados, e ali passam o dia, para lhes fazer companhia, como se, em verdade, eles ali estivessem encerrados, aos que lhes levam comidas e bebidas, para que se alimentem, como se o espírito disso necessitasse.

Outros ainda gastam verdadeiras fortunas em flores raras e ornamentações vistosas. Decoram o túmulo como se devesse esse ser a morada definitiva do seu afeto.

Tais procedimentos podem condicionar o espírito, se não for de categoria lúcida, consciente, mantendo-o ligado aos seus despojos, ao seu túmulo.

Como cristãos, aprendemos com Jesus que a morte não existe.

Assim, nossos mortos não estão mortos, nem dormem.

Cumprem tarefas e distendem mãos auxiliadoras aos que permanecem no casulo carnal. Prosseguem no seu auto - aprimoramento, construindo e reformulando o mundo íntimo, na disciplina das emoções. E continuam a nos amar.

A mudança de estado vibratório não os furta aos sentimentos doces, cultivados na etapa terrena.

São pais e mães queridos, arrebatados pelo inesperado da desencarnação. Filhos, irmãos, esposos - seres amados. O vazio da saudade alugou as dependências de nosso coração e a angústia transferiu residência para as vizinhanças de nossa alma.

É hora de nos curvar à majestade da lei divina e orar.

A prece é perfume de flor que se eleva e funde abraços e beijos, a saudade e o amor.

Para os nossos afetos que partiram para o mundo espiritual, a melhor conduta é a lembrança das suas virtudes, dos seus atos bons, dos momentos de alegria juntos vividos. A prece que lhes refrigera a alma e lhes fala dos nossos sentimentos.

Não há necessidade de se ter dinheiro para honrar com fervor cristão os nossos mortos. Nem absoluta necessidade de nossas presenças ao lado das suas tumbas. eles não estão lá.

Espíritos libertos, vivem no mundo espiritual tanto quanto estão ao nosso lado, muitas vezes, nos dizendo da sua igual saudade e de seu amor.

(Jornal Mundo Espírita de Novembro de 1997)

FINADOS: BOA OCASIÃO PARA PENSAR QUE A VIDA CONTINUA...





Finados é a data comemorativa do calendário oficial que mais se relaciona com o lado transcendental da nossa existência.

Nessa data, vêem-se inúmeras manifestações de apreço aos chamados "mortos" - que na concepção espírita são Espíritos que continuam a sua jornada vivencial no Plano Espiritual.

Considerando este tema importante para a Humanidade, Allan Kardec em "O Livro dos Espíritos", na questão 323, perguntou aos Espíritos Superiores: "A visita ao túmulo dá mais satisfação ao Espírito que uma prece feita em sua intenção?" Ao que os Espíritos responderam: "A visita ao túmulo é um modo de manifestar que se pensa no Espírito ausente: é a imagem. Já vos disse: é a prece que santifica o ato de lembrar; pouco importa o lugar, se ela é ditada pelo coração".

Com o advento do Espiritismo, a partir de 1857, inúmeros pontos obscuros em relação ao fenômeno da Morte ficaram esclarecidos de modo lógico, objetivo e coerente com o Amor e a Justiça do Criador para com os seus filhos, a Humanidade.

Pouco a pouco, o Homem está se familiarizando com os temas que versam sobre a Espiritualidade. Isto porque o progresso intelectual, nesse sentido, é estimulado pelos próprios Espíritos Superiores encarregados de promover o interesse e a conscientização da Humanidade em relação aos assuntos espirituais e às conseqüências morais.

Assim é que pelas próprias "forças das coisas", investigações científicas no campo do Espírito e da Paranormalidade avançam em vários centros de pesquisas e estudos de caráter acadêmico, com reflexos nos segmentos mais intelectualizados da sociedade.

Por outro lado, a mídia de massa, representada pelos meios de comunicação, como a televisão, o teatro, o cinema, o vídeo, a revista, o livro, o jornal e outros meios influentes, acabam difundindo nas camadas populares da população novos conceitos sobre a Morte, a Reencarnação, a Comunicabilidade dos Espíritos, a Vida Além da Vida e outros temas, facilitando o processo de transformação da cultura e conseqüentemente, da mudança de conceitos e hábitos, pelo entendimento racional sobre o "misterioso e o sobrenatural".

Toda essa revolução silenciosa vem ao encontro dos objetivos da Espiritualidade Maior, consubstanciados na mensagem de "O Espírito de Verdade", quando afirma em "O Evangelho Segundo o Espiritismo": "Os Espíritos do Senhor, que são as virtudes dos céus, como num imenso exército que se movimenta, ao receber a ordem de comando, , espalham-se sobre a face da Terra. Semelhantes a estrelas cadentes, vêm iluminar o caminho e abrir os olhos aos cegos!"

Entretanto, em convívio com aqueles que não comungam as nossas idéias, a atitude mais sensata é o respeito - seja um familiar, um amigo, um conhecido e até mesmo desconhecidos.

Quanto à essa questão é oportuno lembrar a ponderação de Emmanuel: "Senhor Jesus, (…) Faze-nos observar, por misericórdia, que Deus não nos criou pelo processo de produção em massa e que, por isso mesmo, cada qual de nós enxerga a vida e os processos de evolução de maneira diferente".
(Psicografia de F. C. Xavier - In Reformador, Fev. 73)

Pense Nisso. Pense Agora.

(Jornal Verdade e Luz Nº 178 de Novembro de 2000)

domingo, 28 de outubro de 2012

A FORÇA DA PRECE




Estudo brasileiro mostra que o corpo reage a preces. (1)



A espiritualidade exerce ação efetiva sobre o corpo humano?

Cientistas do mundo inteiro vêm realizando estudos na tentativa de esclarecer essa questão.


No que depender da primeira pesquisa brasileira nessa área, a resposta é sim.

Segundo um estudo da UnB (Universidade de Brasília), um dos principais mecanismos de defesa do organismo - a fagocitose - pode ter a função estabilizada com preces feitas à distância.

O estudo foi realizado com 52 voluntários, todos estudantes de medicina da UnB. A cada semana, uma dupla fornecia amostras de sangue e respondia a um questionário sobre estresse.

(...) Encaminhava-se uma foto do voluntário, identificada apenas pelo nome, a um grupo de dez religiosos de diferentes credos, que, por uma semana, faziam preces para aquela pessoa.

Coordenada pelo professor de imunologia Carlos Eduardo Tosta, a pesquisa demorou três anos para ser concluída. “Eu e minha equipe ficamos surpresos porque, embora no fundo quiséssemos que houvesse influência [das orações], achávamos que a maior probabilidade seria a de não acontecer nada”, diz o médico.

Ana Paula de Oliveira - da Folha de São Paulo, 09.07.2004.

* * *

Como vemos e constata também Joanna de Ângelis, “lentamente, mesmo sem dar-se conta, os cientistas se tornam sacerdotes do Espírito e avançam corajosamente ao encontro de Deus e de Suas Leis, que vigem em toda parte”. (2)

Gradativamente, a ciência vai comprovando fatos que a Doutrina Espírita já tem demonstrado. Na experiência aqui relatada identificamos vários eventos importantes: a força do pensamento, a ação dos fluidos e o valor da prece intercessória.

Allan Kardec, ao emitir seus comentários na questão 662 de O Livro dos Espíritos, afirma que “o pensamento e a vontade representam em nós um poder de ação que alcança muito além dos limites da nossa esfera corporal. A prece que façamos por outrem é um ato dessa vontade”. (6)

Diz-nos o Espírito Emmanuel que “O homem custa a crer na influenciação das ondas invisíveis do pensamento, contudo, o espaço que o cerca está cheio de sons que os seus ouvidos materiais não registram (...)” (7). E ainda esclarece: “a eletricidade é energia dinâmica; o magnetismo é energia estática; o pensamento é força eletromagnética” (8).

É através dessa força que emulamos nossas orações e também direcionamos nossas vibrações benéficas em favor de outras pessoas, pois “a oração é a emanação do pensamento bem direcionado e rico de conteúdos vibratórios” (3).

Vale a pena considerar a elucidação do Espírito André Luiz ao referir-se aos passes, que podem também ser transmitidos à distância, através das vibrações que são doadas e veiculadas pela ação da prece: “Pelo passe magnético, no entanto, notadamente naquele que se baseie no divino manancial da prece, a vontade fortalecida no bem pode soerguer a vontade enfraquecida de outrem para que essa vontade novamente ajustada à confiança magnetize naturalmente os milhões de agentes microscópicos a seu serviço, a fim de que o Estado Orgânico, nessa ou naquela contingência, se recomponha para o equilíbrio indispensável”. (9)

André Luiz esclarece-nos ainda que “reconhecendo-se a capacidade do fluido magnético para que as criaturas se influenciem reciprocamente, com muito mais amplitude e eficiência atuará ele sobre as entidades celulares do Estado Orgânico – particularmente as sanguíneas e as histiocitárias, determinando-lhes o nível satisfatório, a migração ou a extrema mobilidade, a fabricação de anticorpos ou, ainda, a improvisação de outros recursos combativos e imunológicos, na defesa contra as invasões bacterianas e na redução ou extinção dos processos patogênicos (...)”. (9)

Verificamos que, na experiência da UnB, os voluntários comportaram-se como agentes passivos do experimento e, apesar disso, foram beneficiados pela ação das preces, no que se refere à estabilização das funções da fagocitose. Observou-se também, segundo os questionários que foram respondidos, que o nível de estresse dos estudantes destinatários das preces não mudou.

Pode-se concluir com isso que, se os voluntários tivessem consciência do processo e participassem dele ativamente, “construindo as antenas receptoras para as energias balsâmicas, no recesso do ser” (4) - seguramente os resultados seriam ainda mais proveitosos. O mesmo aconteceria nos casos de aplicação direta de bioenergia (passes).

Comprova, ainda, a impropriedade de se criar grupos de intercessão para atender preces solicitadas, pois isso induz os necessitados à desistência do esforço pessoal, com prejuízo da responsabilidade e dos deveres que cumpre a todos realizar em benefício próprio. “Jesus recomendou que orássemos uns pelos outros, num convite à solidariedade fraternal, (ele assim o fez) a fim de que nos ajudemos através das ondas mentais da comunhão com Deus”, (5) sem que isso significasse a instituição de profissionalismo religioso.

Só nos resta concitar a que os estudiosos e investigadores continuem a produzir experiências que tragam cada vez mais luzes ao conhecimento humano, pois “são eles os missionários da fé vibrante dos tempos passados, que retornam com o escalpelo da ciência para confirmar a predestinação do ser à glória imortal”. (2)

Bibliografia:

1 - Folha on-line_Folha de São Paulo, Jornal. Estudo Brasileiro mostra que corpo reage a prece. 08 de julho 2004, 07:36h.
2 - FRANCO, Divaldo Pereira. Desenvolvimento Científico. In:___. Dias Gloriosos, 1ª. ed. Salvador: LEAL, 1999. p. 12 e 20.
3 - ______ - Pedir e Conseguir. In:__ Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profunda, 1ª ed, Salvador: LEAL, 2000. p. 220.
4 - ______ - Orações Encomendadas. In:__ Messe de Amor, 7ª ed., Salvador: LEAL, 1964, p 155.
5 - ______ - Orações Solicitadas. In:__Desperte e Seja Feliz, 4ª ed. Salvador:LEAL, 1998. p.160.
6 - KARDEC, Allan. A Prece, Questão 662. In: ___O Livro dos Espíritos, 83ª.ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002. p. 320.
7 - XAVIER, Francisco Cândido. Intercessão.In: ___Pão Nosso, 5ª.ed. Rio de Janeiro:FEB, 1977. p.45.
8 - ______ - Vontade. In:___Pensamento e Vida, 9ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1991. p.16.
9 - ______ - Passe magnético. In: Evolução em Dois Mundos, 16ª ed. Rio de Janeiro :FEB, 1998, p. 200 e 201.

Matéria retirada do  Blog:  http://magnetizador.blogspot.com.br


Senhor, fazei de nós instrumentos da Vossa Paz